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quinta-feira, 16 de maio de 2013

[Opnião] “Um amor perdido” de Alyson Richman (Civilização Editora)



Sinopse:

Nos últimos tempos de tranquilidade na Praga do pré-guerra, Lenka, uma jovem estudante de arte, apaixona-se por Josef. Casam-se, mas, pouco tempo depois, como tantos outros, são separados pela guerra.
Na América, Josef torna-se um obstetra bem-sucedido e constrói uma família, apesar de nunca esquecer a mulher que acredita ter morrido nos campos de concentração. Mas no gueto nazi de Terezín – e mais tarde em Auschwitz – Lenka sobreviveu, graças aos seus dotes artísticos e à memória de um marido que julgava nunca voltar a ver.
Agora, passadas décadas, um encontro inesperado em Nova Iorque reúne Lenka e Josef de novo.
Do conforto da vida em Praga antes da ocupação aos horrores da Europa Nazi, Um Amor Perdido explora a resistência do primeiro amor e do espírito humano e a capacidade de recordar.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 320
Editor: Livraria Civilização Editora
ISBN: 9789722634021

Opinião:

O Holocausto e a Segunda Guerra Mundial destruíram inúmeras vidas. E os sobreviventes lidaram com as cicatrizes para o resto da vida. A culpa dos sobreviventes é bem patente em todos os que saíram dos campos de concentração.

Neste livro é-nos apresentada a história de um casal, Josef e Lenka, que foi separado pela guerra  e como os azares da vida podem alterar todo um percurso, todo um destino, que parecia promissor.

“Um Amor Perdido” é um livro viciante que agarra o leitor desde a primeira página, eu quis saber tudo, como é que eles se separaram, e porque é que, após a guerra, nunca se encontraram.

Está é uma história que é contada na primeira pessoa, revelando assim as angústias das personagens, as quais revelam os seus medos, sem preconceitos.

O primeiro capítulo do livro acaba de uma forma cativante:

- Sou eu, Lenka – Disse ele. – Josef. O teu marido.

Temos duas personagens que vivem presas aos fantasmas do seu passado. E que apenas sobrevivem e recusam-se a viver.

A história surpreende o leitor pela forma como envolve todos os personagens da história e o seu enredo.

Alyson Richman teve de fazer um grande trabalho de investigação para a elaboração do romance.

A autora consegue descrever com bastante elegância os horrores da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, dando uma noção de autossacrifício e de resistência que muitos de nós não estaremos familiarizados. Também é bastante interessante a forma como ela guiou as duas personagens até ao final, sempre ignorantes da sobrevivência do outro.