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domingo, 12 de janeiro de 2014

[Opinião] “A Estação dos Ossos” de Samantha Shannon (Casa das Letras)


Sinopse:

2059. Paige Mahoney tem dezanove anos e trabalha no submundo do crime da Londres de Scion, na zona dos Sete Quadrantes, para Jaxon Hall. O seu trabalho consiste em procurar informações invadindo a mente de outras pessoas. Paige é uma caminhante de sonhos, uma clarividente - e, no seu mundo, no mundo de Scion, comete traição pelo simples facto de respirar.

Está a chover no dia em que a sua vida muda para sempre. Atacada, drogada e raptada, Paige é levada para Oxford - uma cidade mantida em segredo há duzentos anos e controlada por uma raça poderosa, vinda de outro mundo, os Refaim. Paige é atribuída ao Guardião, um Refaíta com motivações misteriosas. Ele é o seu mestre. O seu professor. O seu inimigo natural. Mas, para Paige recuperar a sua liberdade, tem de se deixar reabilitar naquela prisão onde tem por destino morrer.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 496
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724622040

Opinião:

“A Estação dos Ossos” é o romance de estreia de Samantha Shannon.

A autora criou um mundo distópico, onde o governo caça os clarividentes e os trata como se fossem doentes e algo a ser destruído. A informação é sonegada aos habitantes e são facilmente manipulados para seguirem as ideias que lhes são incutidas.

É bem patente todo o trabalho de construção que a autora teve a criar este universo. Logo no início do livro a autora mostra-nos as sete ordens de Clarividência e também o mapa da prisão onde a personagem principal vai Estar. Isto permite ao leitor acompanhar com maior facilidade a evolução da história e dos locais onde a acção ocorre. É bem patente neste romance o medo que os clarividentes sentem naquele mundo, também é patente as formas como os clarividentes se rebelam e o submundo de crime onde se movem. A autora conseguiu responder as perguntas que os leitores têm.

A forma como a autora inicia o romance captura imediatamente a atenção do leitor e desperta a nossa curiosidade em relação acontecimentos que levaram a Paige à situação que ali nos é narrada. O livro tem imensos momentos altos, está repleto de acção e provoca no leitor diferentes sentimento, o qual vive com a personagem as suas dificuldades e os seus receios. Paige evolui positivamente ao longo da história, nas suas memórias vemos o seu lado mais infantil e mais juvenil e no presente vemo-la a. Tornar-se mulher e a tomar as suas próprias decisões. Esta personagem é sem sombras de dúvida muito bem desenvolvida e não é a típica personagem adolescente que necessita da protecção de tudo e de todos, Paige é uma força da natureza.

Para igualar uma personagem principal forte, a autora tinha de criar outras personagens igualmente cativantes. A autora conseguiu fazê-lo e ainda melhor conseguiu criar uma aura de mistério relacionada com todos os habitantes de Oxford. Principalmente os Refraim, acerca dos quais pouco se sabe e também das suas intenções. Gostei particularmente do Guardião e da sua intenção de proteger os seres humanos.


Após uma leitura que se torna compulsiva, ficamos ansiosos por ler continuação e saber o que espera as personagens no próximo volume.