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quinta-feira, 4 de julho de 2013

[ Opinião] “O Mago – A Filha do Império” de Raymond E. Feist (Saída de Emergência)


Sinopse:

Mara era apenas o membro mais novo de uma família nobre. Nunca esperou que a súbita e chocante morte do irmão e do pai pudessem trazer-lhe tamanha responsabilidade. Apesar do seu sofrimento, cabe-lhe a tarefa de vestir os mantos da liderança e enfrentar as dificuldades. Mas embora inexperiente na arte política, Mara terá de recorrer a toda a sua força e coragem, inteligência e astúcia, para sobreviver no Jogo do Conselho, recuperar a honra da Casa dos Acoma e assegurar o futuro da sua família.

Rapidamente se apercebe de que a traição e os inimigos da família quase levaram a sua Casa à aniquilação completa. Todas as esperanças estão depositadas numa única mulher: uma rapariga que terá de crescer rapidamente e aprender um jogo perigoso, onde não há tempo para errar…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 432
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896374945

Opinião:

“A Filha do Império” é o primeiro volume da Saga do Império da colecção do Império “O Mago”. O mundo que Raymon E. Feist criou é complexo e cheio de jogos políticos e de honra. A história inicialmente tem uma evolução lenta, mas acaba por agarrar o leitor, que quer descobrir qual é afinal o plano de Mara para salvar os Acoma e vingar a morte do seu pai e irmão.

Mara é tomada como uma rapariga tola e que não tem capacidade de liderança. Os outros senhores de Kelewan menosprezam-na e tomam-na por ignorante. Ela desempenha bem o papel para os enganar. Nos momentos em que ela está só podemos verificar que ela tem um plano muito bem preparado para garantir a sua sobrevivência e a do seu povo. Ele é pouco ortodoxa nas suas decisões e consegue aprender muito bem a jogar com os poderosos.

Existem imensas personagens de relevo neste livro e que merecem toda a nossa atenção porque há sempre algo de novo a aprender sobre elas. Gostei bastante da ama Nacoya. Esta assume muitas vezes a posição de mãe e conselheira de Mara e revela-se indispensável em momentos chave da acção.

Inicialmente tive dificuldade em entrar neste mundo estranho, muito em parte devido a nunca ter lido os restantes livros desta colecção e que pertencem a outras sagas. Depois de entender um pouco melhor este mundo tornou-se mais fácil de entender as personagens e a história. Acabei por me ver agarrada na história e a tentar entender o que iria acontecer de seguida.

Raymond E. Feist consegue levar-nos a um mundo onde tudo é exótico e novo, tornando-o credível como é o caso dos Cho-Ja que me fazem lembrar uma colmeia de abelhas, com a sua rainha, os seus guerreiros e os seus obreiros. Senti-me a passear por aqueles prados e caminhos tortuosos como se lá estivesse. E respirar aquele ar puro. O meu coração saltou em certas passagens em que eu pensava, e pronto é agora o fim. Também conseguiu criar, por vezes, uma atmosfera de sensualidade e erotismo que nos prende e nos deixa a sorrir, e momentos em que vemos até que ponto a sedução pode ser utilizada como arma por uma mulher e levar um homem à ruína.

As prendas começaram a chegar no dia seguinte. A primeira foi um pássaro raro que cantava uma canção perturbadora, e que trazia um bilhete com poesia de péssima qualidade.


É um livro surpreendente e que me levou a entender todo o sucesso que este autor tem tido.