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sábado, 7 de março de 2015

[Opinião] "Outlander - A Viajante" de Diana Gabaldon





Sinopse:

«Estava morto. No entanto, o seu nariz palpitava dolorosamente, coisa que lhe era estranha, dadas as circunstâncias.»
Assim começa o terceiro livro da série Outlander, em que ficamos a saber que, afinal, Jamie Fraser não morreu no campo de batalha de Culloden. De volta ao século XX, Claire fica em choque com a notícia de que Jamie está vivo, mas, muito mais que isso, fica radiante. Ouvimos a história de Jamie, como ele mudou, tentando alcançar uma vida a partir dos pedaços da sua alma e do país que deixou para trás, e o breve relato de Claire sobre os 20 anos que passaram desde que o deixou em Culloden, enquanto Roger MacKenzie e Brianna, filha de Claire e Jamie, se aproximam das pistas do passado, numa busca incessante por Jamie Fraser. Será que o podem encontrar? E se o conseguirem, Claire voltará para ele? E se ela o fizer… o que se sucederá?
Dos fantasmas de Samhain nas terras altas da Escócia para as ruas e bordéis de Edimburgo, do mar turbulento e das aventuras nas Índias Ocidentais, percorremos páginas de história repletas de revolta, assassínio, vodo, fetiches, sequestros, e um sem-número de inúmeras aventuras. Por detrás de todas elas, porém, jaz a questão de Jamie: 
«Vais aceitar-me, Sassenach? Arriscar no homem que sou ao invés do homem que conheceste?»

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 824
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724622576
Coleção: Outlander

Opinião:

Quando olhamos para um livro com mais de 800 páginas a nossa mente começa logo a imaginar as divagações que o autor deve ter feito ao longo do livro e já nos colocamos a pensar na grande maçada que seria ler esse mesmo livro. Mas, recentemente, temos assistido a um nascimento de um novo tipo de literatura em que livros deste tamanho estão repletos de acção e até são bastante interessantes e surpreendentes. O facto que me levou a demorar tanto tempo a ler este livro, foi o facto de não ter livro os dois outros que o precederam.

A premissa desta colecção é bastante interessante. A acção desenrola-se em torno do amor entre as duas personagens principais que estão separadas não por quilómetros mas sim por tempo, mais precisamente por 200 anos. Mas, o facto de não ter lido os livros anteriores dificultou a minha leitura e também compreensão do romance.

Apesar da sua extensão o livro não se torna repetitivo e os sucessivos desencontros e reencontros de personagens assim como novas personagens que se juntam ao elenco vão captar a atenção do leitor e o deixar agarrado às páginas.

Quanto à homogeneidade do romance, não me posso pronunciar em relação à mesma porque não li os anteriores, como já referi, e portanto isso não me permite elaborar muito sobre o assunto.

Por vezes custou-me a seguir a história devido aos saltos de narrador, que umas vezes está na primeira pessoa e noutros momentos está na terceira. Isso é um ponto negativo do livro.

No geral é um romance interessante que continua uma saga já conhecida do público.
LilianaNovais

terça-feira, 4 de novembro de 2014

[Opinião] “O Bom, o Mau e o Peludo” de Tom Cox (Casa das Letras)


Sinopse:

As aventuras do gato mais melancólico do mundo e de outros amigos com bigodes. Venha conhecer O URSO – o gato que transporta o peso do mundo sobre os seus ombros peludos e cujos olhos sábios e semelhantes aos de um mocho parecem perguntar: Por favor, podes dizer-me porque é que sou um gato? Tal como muitos intelectuais, O Urso teria preferido uma vida calma de solidão com imenso tempo para contemplar desoladamente o mundo e refletir sobre os males da sociedade. Lamentavelmente, está condenado a passar os seus dias rodeado de felinos com QI significativamente inferiores ao seu... RALPH: um tigrado belo e vaidoso, que morre de medo do estendal da roupa. SHIPLEY: um rufia malcriado e campeão da caça aos ratos, que fica insensível quando virado de cabeça para baixo. ROSCOE: uma gatinha ferozmente independente, atormentada pela sua sósia no espelho. E, depois, há o Tom, que escreve com a graça e encanto muito próprios sobre as inesperadas aventuras inerentes a uma vida à inteira disposição de quatro gatos... ou três gatos e um poeta sensível que, por acaso, tem trinta centímetros de altura e está coberto de pêlo.

Ficha Técnica:

Autor    Tom Cox
Editor   Casa das Letras
Data de lançamento      Agosto 2014
ISBN      9789724622590
EAN       978-9724622590
Dimensões        15,5 x 23,5 cm
Nº Páginas         288
Encadernação   Capa mole

Opinião:

Cada vez mais vemos livros de não ficção a aparecer no mercado editorial e cada vez mais leitores desta área da literatura. “O bom, o mau e o peludo” é mais do que um livro de gatos, é um livro sobre a vida e também um livro que nos faz pensar em nós próprios e como vemos a vida. Este livro traz-nos a vida de Tom com os seus gatos e como se adaptam a uma nova realidade.

A paixão de um homem (ou mulher) pelos seus gatos é incondicional e estes retribuem da mesma forma. Enquanto dona de gatos achei bastante interessante as ideias do autor e como ele expõe as coisas, repleto de humor.

Quando temos um gato a nossa vida muda bastante e este toma conta de muitas rotinas e naturalmente que nós cedemos já que estes são extremamente persuasivos.

Os gatos descritos neste livro podem ser encontrados na casa do vizinho, na rua ou mesmo na nossa casa. Cada um deles tem a sua personalidade e isso é bem patente. Os gatos conseguem conquistar todos os que estejam disponíveis para os amar, mesmo que as pessoas não o saibam e a perda de um deles é como se perdêssemos um amigo ou mesmo um familiar, deixa-nos um vazio enorme que ninguém pode preencher.


Um excelente livro para amantes de gatos e não só, escrito com muito humor dando ao leitor uma excelente leitura e uma experiência muito especial.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

[Opinião] “Na Sombra da Paixão” de J. R. Ward (Casa das Letras)


Sinopse:

Qhuinn, filho de ninguém, habituou-se a estar por sua conta. Expulso da linhagem e rejeitado pela aristocracia, encontrou finalmente uma identidade como um dos mais impressionantes combatentes na guerra contra a Sociedade dos Minguantes. Contudo, a sua vida não está completa. Mesmo perante a perspetiva de vir a ter a sua própria família, sente-se vazio por dentro e entregou o coração a outra causa...

Depois de anos de amor não correspondido, Blay ultrapassou os sentimentos por Qhuinn. E já não era sem tempo: o macho encontrou a parceira perfeita numa fêmea Escolhida, e vão ter um filho - aquilo que Qhuinn sempre quis. É difícil imaginá-los como casal, mas quando se constrói uma vida em torno de um sonho vão, o sofrimento está sempre ao virar da esquina. Algo que o guerreiro aprendeu por si próprio.

O destino parece ter levado os dois vampiros soldados por caminhos diferentes, mas com o recrudescer da batalha pelo trono, e com novos atores em cena em Caldwell a criarem mais riscos para a Irmandade, Qhuinn acaba por descobrir a verdadeira definição de coragem e dois corações que devem ficar juntos acabam por fim por se tornar num só.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 712
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724622538
Coleção: A Irmandade da Adaga Negra

Opinião:

“Na Sombra da Paixão” é o volume XI da Irmandade da Adaga Negra. Foi recentemente publicado pela Adaga Negra. Foi recentemente publicado pela Casa das Letras do grupo Leya. Esta saga tem sido escrita por J. R. Ward, muito voltado para o lado erótico, este romance sobrenatural torna-se um misto dos dois géneros literários.

Uma vez que apenas li o volume anterior o X, “Na sombra da Vida”, pelo que não posso comentar acerca da continuidade da história. Posso apenas comparar os dois livros e tirar as minhas conclusões. Quando um autor decide escrever uma saga bastante longa e com romances volumosos é sempre uma espada de dois gumes, há quem adore e leia compulsivamente e há quem já esteja soterrado e que pense isto nunca mais acaba. Um autor deve encontrar o equilíbrio com que se sente confortável.

Este volume tem sido muito comentado e criticado por retratar em foco principal a relação homossexual entre duas personagens, Blay e Qhuimm, os quais andem todo o romance na indecisão, gosto ou não dele, ele gosta ou não de mim.

Infelizmente este volume teve um desenvolvimento mais certo que o anterior e o triângulo amoroso Layla-Qhuimm-Blay podia ter sido explorado de melhor forma, criar mais conflito, mais interesse. o que incendiaria mais o romance e o tornaria mais atractivo. Mas, a autora optou por não o fazer e explorou outras áreas que tornaram a acção mais difusa e por vezes divaga um pouco e isso faz com que o romance perca um pouco o interesse, especialmente depois do volume anterior ser mais intenso, nota-se uma quebra que pode desiludir alguns leitores.

Honestamente eu fiquei mais curiosa acerca do que iria acontecer a Layla e ao seu bebé do que a relação entre os outros personagens. Penso que deveria ter havido um meio termo, algo mais entre os dois do que aconteceu.

O final parece-me demasiado um conto de fadas e que foi um pouco forçado depois de tanta página de indecisão.


Uma continuação interessante que vai deixar os leitores divididos.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

[Opinião] “Na Sombra da Vida” de J. R. Ward (Casa das Letras)


Sinopse:

Desde a morte da shellan que Tohrment é uma sombra do líder vampiro de outrora. Fisicamente debilitado e profundamente destroçado, foi levado de volta à Irmandade por um anjo caído egocêntrico. De regresso à guerra com um desejo de vingança implacável, não está preparado para enfrentar um novo tipo de tragédia. Quando Tohr começa a ver a sua amada em sonhos - presa num mundo frio e isolado, longe da paz e da tranquilidade do Vápido - aceita a ajuda do anjo, na esperança de salvar quem perdeu. No entanto, como Lassiter lhe diz que tem de aprender a amar outra vez para libertar a sua antiga companheira, Tohr apercebe-se de que estão todos condenados... É nessa altura que uma fêmea com uma história obscura começa a aproximar- -se dele. No cenário da guerra com os minguantes e com um novo clã de vampiros a almejar o trono do Rei Cego, Tohr debate-se entre o passado enterrado e um futuro escaldante e cheio de paixão... mas será capaz de libertar o coração, e a todos eles?

Ficha Técnica:

Ano da Edição: 2014
Número Páginas: 736
ISBN: 9789724622163
Editora: CASA DAS LETRAS

Opinião:

 Já li outros livros desta autora anteriormente, mas este é o primeiro que leio desta saga. Senti-me um pouco perdida porque este já é o X volume desta saga, e era necessário ler os anteriores para estar dentro da história e das imensas personagens que a constituem.

Neste romance, o foco central é uma guerra entre os vampiros e os minguantes. Mas neste volume não aparece tanto. A autora aborda mais as relações entre as personagens e as suas reações uns aos outros e aos acontecimentos do que à guerra em si.

Aqui vemos a evolução das personagens e como superam os traumas da sua vida e como por vezes as coisas são mais complicadas do que pensamos.

A personagem que mais evoluiu e que mais cresceu neste romance é a No’one, ela cresce ao longo da história e tentando encontrar novamente o seu rumo. Também Thor e Lassiter mudam ao longo da história. Se bem que achei o Lassiter um pouco irritante.

O livro é muito volumoso e por vezes parece que a autora arrasta um pouco a história entrando em pormenores que podiam se ignorar. Parece-me que a trama se vai intensificar no próximo volume com o aparecimento de novas personagens com intenções mais negras.

A autora explora bastante a sexualidade e a sensualidade inerente aos vampiros criando momentos tórridos e sensuais entre as personagem e as suas descrições pormenorizadas desses instantes fazem as delicias dos seus ávidos leitores.

Uma continuação que os fãs vão adorar.


domingo, 12 de janeiro de 2014

[Opinião] “A Estação dos Ossos” de Samantha Shannon (Casa das Letras)


Sinopse:

2059. Paige Mahoney tem dezanove anos e trabalha no submundo do crime da Londres de Scion, na zona dos Sete Quadrantes, para Jaxon Hall. O seu trabalho consiste em procurar informações invadindo a mente de outras pessoas. Paige é uma caminhante de sonhos, uma clarividente - e, no seu mundo, no mundo de Scion, comete traição pelo simples facto de respirar.

Está a chover no dia em que a sua vida muda para sempre. Atacada, drogada e raptada, Paige é levada para Oxford - uma cidade mantida em segredo há duzentos anos e controlada por uma raça poderosa, vinda de outro mundo, os Refaim. Paige é atribuída ao Guardião, um Refaíta com motivações misteriosas. Ele é o seu mestre. O seu professor. O seu inimigo natural. Mas, para Paige recuperar a sua liberdade, tem de se deixar reabilitar naquela prisão onde tem por destino morrer.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 496
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724622040

Opinião:

“A Estação dos Ossos” é o romance de estreia de Samantha Shannon.

A autora criou um mundo distópico, onde o governo caça os clarividentes e os trata como se fossem doentes e algo a ser destruído. A informação é sonegada aos habitantes e são facilmente manipulados para seguirem as ideias que lhes são incutidas.

É bem patente todo o trabalho de construção que a autora teve a criar este universo. Logo no início do livro a autora mostra-nos as sete ordens de Clarividência e também o mapa da prisão onde a personagem principal vai Estar. Isto permite ao leitor acompanhar com maior facilidade a evolução da história e dos locais onde a acção ocorre. É bem patente neste romance o medo que os clarividentes sentem naquele mundo, também é patente as formas como os clarividentes se rebelam e o submundo de crime onde se movem. A autora conseguiu responder as perguntas que os leitores têm.

A forma como a autora inicia o romance captura imediatamente a atenção do leitor e desperta a nossa curiosidade em relação acontecimentos que levaram a Paige à situação que ali nos é narrada. O livro tem imensos momentos altos, está repleto de acção e provoca no leitor diferentes sentimento, o qual vive com a personagem as suas dificuldades e os seus receios. Paige evolui positivamente ao longo da história, nas suas memórias vemos o seu lado mais infantil e mais juvenil e no presente vemo-la a. Tornar-se mulher e a tomar as suas próprias decisões. Esta personagem é sem sombras de dúvida muito bem desenvolvida e não é a típica personagem adolescente que necessita da protecção de tudo e de todos, Paige é uma força da natureza.

Para igualar uma personagem principal forte, a autora tinha de criar outras personagens igualmente cativantes. A autora conseguiu fazê-lo e ainda melhor conseguiu criar uma aura de mistério relacionada com todos os habitantes de Oxford. Principalmente os Refraim, acerca dos quais pouco se sabe e também das suas intenções. Gostei particularmente do Guardião e da sua intenção de proteger os seres humanos.


Após uma leitura que se torna compulsiva, ficamos ansiosos por ler continuação e saber o que espera as personagens no próximo volume.

domingo, 1 de dezembro de 2013

[Opinião] “A misteriosa mulher da ópera” de Vários (Casa das Letras)



Sinopse:

Um desafio. Sete autores (Alice Vieira, Afonso Cruz, André Gago, David Machado, Catarina Fonseca, Isabel Stilwell e José Fanha). Catorze mãos.

Sete personagens inesquecíveis. Uma única história. Uma trama arrebatadora que contém de tudo, desde crimes misteriosos, o fantasma de uma avó violinista, flûtes de champanhe, um gato persa chamado Psiché que por vezes se vê obrigado a fazer de pêndulo de Foucault, uma caixa de violino suspeita de assassinato, uma taberna onde se canta o fado em Xabregas, e amor, amor em catadupas, uma grande paixão, desencontros terríveis, equívocos inexplicáveis, reencontros inesperados.

A aventura vai das avenidas de Paris, à Rua Heróis de Quionga, ao Teatro Nacional de São Carlos, ao cais de Xabregas e a um cacilheiro que parte para Veneza deixando um cadáver para trás.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 298
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724622064

Opinião:

Escrever em várias mãos é muito complicado, principalmente para parecer algo homogéneo e concordante. Nisto este romance é bem-sucedido.

Neste romance temos mistério e humor. O livro lê-se rapidamente e é viciante. Conhecemos a história dos mais variados pontos de vista de cada personagem. Os vários narradores fazem-nos conhecer mais profundamente cada um deles e ver o seu íntimo e os seus segredos.

A evolução da história é imprevisível porque não temos todos os dados e acabamos sempre por nos surpreender.

O ponto negativo desta história é a falta de descrições do local da história, falta de localização. A acção podia estar a decorrer em qualquer parte do mundo.

As personagens são muito estereotipadas e levadas ao limite do realismo. Não sendo necessário uma ligação à realidade para esta história.

Fiquei viciada na história.