Mostrar mensagens com a etiqueta Edições Asa. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Edições Asa. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 6 de março de 2015

[Opinião] "A Educação de Felicity" de Marion Chesney (Edições ASA)




Sinopse:


Numa época em que as mulheres da nobreza só dispõem de duas opções - casar ou esperar que um parente rico morra - as irmãs Tribble não têm sorte nenhuma. Não só ainda não encontraram o amor como, após anos de bajulação a uma intratável tia velha, veem o seu nome apagado do testamento aquando da sua morte.
As românticas Amy e Effie Tribble sonhavam com ricos jantares de carne assada e batalhões de criados aduladores mas agora estão oficialmente na penúria. Ironicamente, é neste cenário desolador que lhes ocorre uma ideia brilhante: colocar a sua educação esmerada ao serviço das jovens mais "difíceis", apresentá-las à sociedade e arranjar-lhes casamento.
Não contavam que a sua primeira cliente fosse Lady Felicity Vane, cuja rebeldia ameaça enlouquecer a sua própria mãe e arruinar o projeto sentimental de Amy e Effie. A jovem prefere caçar com os amigos a pensar em casar. Mal ela sabe que o seu suposto pretendente é o homem que mais a irrita (e que mais irritado se sente por ela). Felicity nunca admitirá que o seu coração treme ao ver Charles Ravenswood, principalmente porque o elegante marquês parece não ter paciência nenhuma para as suas extravagâncias. O clima entre ambos é tão tenso que, se soubessem o que as irmãs planeiam, o resultado seria, no mínimo, desastroso…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 240
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892330167


Opinião:

Eu não conhecia a obra de Marion Chesney e o que me atraiu neste livro foi, em primeiro ligar, a sua capa que, como podemos ver acima é fora do vulgar e nos mostra uma nova aposta e nos remete à época vitoriana  em que decorre a acção. Depois a sinopse fez com que a minha curiosidade levasse a melhor sobre mim e acabasse por ler este livro.

Quando comecei a ler achei interessante a premissa de termos duas senhoras que, um dia já tiveram as atenções da sociedade, se vêm esquecidas e ignoradas, acabando por terem de se sujeitar a trabalhar de forma a conseguirem ter algum dinheiro para sobreviverem. Mas, nesta época as mulheres não podiam trabalhar como actualmente e estas têm de ser criativas.  Amy e Effie são duas personagens que são olhadas com algum gozo por parte dos outros membros da sociedade, as suas roupas, velhas e gastas, são alvo de comentário e o facto de ainda esperarem pelo seu príncipe encantado também as torna alvo do ridículo e de comentários maliciosos por parte de pessoas menos tolerantes.

Apesar destas duas personagens serem as percursoras da história, a autora centrou-se mais na personagem da jovem Lady Felicity Vane, uma jovem aristocrata rebelde cujo comportamento impróprio a coloca como um embaraço para a família e a torna uma rebelde que as duas irmãs têm de dobrar e encontrar um pretendente que esteja minimamente interessado nesta apesar do seu comportamento, que por vezes é demasiado exagerado. As irmãs têm como conselheiro e cavaleiro andante o Marquês Charles Ravenswood. Será que entre os dois vai nascer algo, mesmo sabendo este da natureza rebelde de Felicity.

Quando li este livro, senti-me remetida para a época e a forma como Marion Chesney escreve lembra-me os livros da Jane Austen um pouco mais modernos e mais actuais.

"A Educação de Felicity" é um excelente inicio para uma série deixando uma promessa de sucesso e curiosidade acerca da próxima jovem que irá parar às mãos temíveis das duas irmãs que tentam amansar as maiores feras da Sociedade Vitoriana.



LilianaNovais

domingo, 20 de julho de 2014

[Opinião] “Pecadora” de Madeline Hunter (Edições Asa)



Sinopse:

Habituada a uma existência pacata, Celia Pennifold vê a sua vida virada do avesso após a morte da mãe, Alessandra Northrope, uma cortesã afamada.

Para além de uma pequena casa, a mãe deixou-lhe de herança apenas dívidas e uma reputação manchada. O destino de Celia já está traçado há muito. Ela foi educada para seguir as pisadas da mãe. Mas Celia é determinada e tem os seus próprios planos… que não incluem, evidentemente, o misterioso inquilino com que se depara ao instalar-se no seu novo lar.

Jonathan Albrighton encontra-se numa missão a mando do tio, pois há suspeitas de que Alessandra possuía informações delicadas sobre alguns dos homens mais influentes da sociedade londrina. Jonathan pensava estar perante uma tarefa simples, não contava encontrar em Celia uma adversária à sua altura…

Ficha Técnica:

Ano da Edição / Impressão / 2014
Número Páginas / 328
ISBN / 9789892327884
Editora / ASA

Opinião:

Depois de “Deslumbrante” e “Provocadora”, Madeline Hunter traz-nos mais uma das suas flores mais raras em “Pecadora”. Chegou a vez de Célia encontrar o homem que a vai levar aos extremos e  provocar para ser mais do que a sociedade espera de si.

Célia viver escondida durante muito tempo e nem as suas amigas sabiam a sua verdadeira identidade. Ela queria esquecer o seu passado e fugiu deste. Mas, como é habitual, tudo acaba por regressar inesperadamente e Célia vê-se sobrecarregada por este e pelas implicações que isso traz.

Célia é filha de uma das mais conceituadas cortesãs e isso leva a que todos pensem que ela vai seguir os passos da sua falecida mãe. Ela tenta mudar a forma como as pessoas a vêem. Mas isto torna-se complicado quando descobre um hospede inoportuno, o Jonathan Abrighton, um homem do seu passado.

A atracção entre os dois bem patente desde o primeiro momento e isso é bem patente. A autora é exímia nas suas descrições nos momentos mais intensos da narrativa.

Adorei este volume, penso que seja o melhor dos três, a independência e segurança de Célia contrasta com a das amigas. Ela é uma verdadeira mulher de armas. “Pecadora” é o terceiro volume da séria “As Flores mais Raras” e eleva ainda mais a fasquia e as nossas expectativas para o próximo volume, que aguardamos ansiosamente.

terça-feira, 15 de julho de 2014

[Opinião] “Perdoa-me” de Lesley Pearse (Edições ASA)



Sinopse:

A vida pode mudar num segundo.

O instante em que encontrou a mãe sem vida nunca se extinguirá da memória de Eva Patterson. Num bilhete, as suas últimas e enigmáticas palavras: Perdoa-me.
O mundo seguro de Eva ruiu naquele momento devastador. Mas o inesperado suicídio de Flora vai marcar apenas o início de uma sucessão de acontecimentos surpreendentes. No seu testamento, Flora deixa a Eva um estúdio em Londres. Este sítio é a primeira pista para o passado secreto de uma mulher que, Eva percebe agora, lhe é totalmente desconhecida.
No sótão do estúdio, a jovem encontra os diários e os quadros da mãe, provas de uma fulgurante carreira artística mantida em segredo. O que levou Flora a esconder tão fundo o seu passado? Ao aproximar-se da verdade, Eva descobre um crime tão chocante que a leva a questionar-se se alguma vez conseguirá, de facto, perdoar.

Ficha Técnica:

Ano da Edição / Impressão / 2014
Número Páginas / 488
ISBN / 9789892327471
Editora / ASA

Opinião:

“Perdoa-me” foi o primeiro contacto que tive com a obra de Lesley Pearse. Este é um romance complexo cheio de mistério e muito direccionado para as relações humanas. Quando o lemos ficamos a conhecer as personagens mas também nos leva a tentar conhecermo-nos melhor e a quem nos rodeia e faz parte da nossa vida. Quando o terminamos chegamos à conclusão que há sempre algo que desconhecemos acerca das pessoas em geral.
O romance começa de uma forma trágica, com um evento que vai abalar a vida de Eva e vai destruir todas as suas crenças e ideias pré-concebidas. A autora vai-nos revelando os acontecimentos do passado, ocorridos antes do seu nascimento e também segredos que nunca imaginamos. Aos poucos a autora nos surpreende de uma forma imprevisível e ficamos sempre à espera do que nos vai acontecer de seguida.
Há personagens pelas quais nos apaixonamos e outras que detestamos, chegamos mesmo a ganhar-lhes aversão, este é o caso do padrasto de Eva, Andrew, por vezes eu apenas tinha vontade de entrar no livro e dar-lhe dois berros, esta personagem é detestável e acaba por se tornar um vilão bastante interessante e que mostra que tem muito a perder com as investigações de Eva ao seu passado.
Lesley escreve de uma forma apaixonada e repleta de emoção. Sentimos aquilo que os personagens sentem e nos deixamos envolver pela trama de uma forma muito intensa e natural.
Um excelente livro para se levar para ler nas férias de Verão.

terça-feira, 15 de abril de 2014

[Opinião] “O Sorriso das Estrelas” de Nicholas Sparks (Edições ASA)



Sinopse:

Com quarenta e cinco anos, Adrienne Willis vê-se obrigada a repensar a sua vida quando o marido a abandona por uma mulher mais nova. Destroçada, aceita o pedido de uma amiga para cuidar de uma pousada à beira-mar durante um fim-de-semana. Não podia imaginar que em apenas quatro dias a sua vida mudaria para sempre…

A pousada tem um único hóspede e não apresenta problemas de maior para Adrienne, desde sempre habituada a cuidar de todos os que a rodeiam. Por uma vez, ela está decidida a descansar e desfrutar daquele pedaço de paraíso. Mas a inesperada aproximação de uma tempestade fá-la temer o pior. O hóspede, Paul Flanner, é um homem igualmente solitário e desencantado. Perante a catástrofe natural que os deixa completamente isolados, Paul e Adrienne contam apenas com a proteção um do outro. E é então que acontece algo com que não ousavam já sonhar. Tal como a tempestade, a paixão entre ambos é incontrolável, desmedida, transformadora… Mas Paul tem um assunto do passado por resolver e a sua jornada vai levá-lo a desbravar um novo e inesperado caminho.

Ficha Técnica:

Ano da Edição / Impressão / 2014
Número Páginas / 208
ISBN / 9789892325651
Editora / ASA

Opinião:

Eu já li bastantes livros do Nicholas Sparks, este é sem dúvida um dos romancistas melhor sucedidos da actualidade. Este autor consegue fazer com que o leitor fique agarrado à história, que se envolva com os personagens e que sofra com eles de uma forma bastante intensa.

Este romance é bastante curto e nos permite uma leitura rápida e compulsiva. Queremos saber o que acontece com as personagens, o que aconteceu entre eles e como a sua história está relacionada com a da Amanda e como esta a pode ajudar a ultrapassar os seu próprios acontecimentos e que a estão a impedir de viver.

A história de amor entre Paul e Adrienne é intensa e nasce de uma necessidade comum de procura por compreensão e reconhecimento do seu eu-interior.

Nicholas opta por escolher escrever o romance como se contado por Adrienne e tem interrupções onde ela fala com a filha e esta lhe faz perguntas.


É um romance bastante interessante e cativante que se lê facilmente e compulsivamente.

terça-feira, 8 de abril de 2014

[Opinião] “Quando Aqui Estavas” de Daisy Whitney (Edições ASA)


Sinopse:

A mãe de Danny perdeu a batalha de cinco anos contra o cancro, três semanas antes de ele acabar o secundário - o dia porque ela mais esperara.

Agora Danny fica sozinho, apenas com as suas memórias, o seu cão, e a ex-namorada que lhe destroçou o coração. Não sabe o que fazer com a casa, o que dizer no da formatura, e muito menos como viver ou ser feliz. Então uma carta de uma amiga da mãe em Tóquio fá-lo largar tudo e viajar até ao outro lado do mundo para descobrir os segredos da mãe – e perceber por que motivo os seus últimos meses foram tão cheios de alegria. Porém, não é capaz de encontrar as respostas ou de fugir às complexidades da sua relação com Holland apenas por atravessar o oceano. Porém, entre as flores de cerejeira, os templos e as multidões da cidade de néon, e com a ajuda de uma jovem japonesa amiga da mãe, começa a ver que talvez não tenha sido a magia antiga ou os tratamentos místicos que faziam a mãe regressar ao Japão. Talvez o segredo de como viver resida na forma como ela morreu. E como amou.

Ficha Técnica:

Ano da Edição / Impressão / 2014
Número Páginas / 248
ISBN / 9789892325897
Editora / ASA

Opinião:

Há livros que nos marcam pela sua proximidade da realidade. Este foi um desses livros.

Quantos de nós não conhecemos alguém que lutou contra o cancro? É algo que nos toca a todos. Muitos livros abordam esta temática, mas sempre mais virados para a luta, para enaltecer os esforços do doente. Este romance foge um pouco a essa abordagem. Fala dos que ficam, dos que sentem a falta dos que sucumbem à doença e o que fazem para sobreviver e tentar avançar com a sua vida.

Danny é um rapaz como tantos outros, a quem a vida não sorriu, em primeiro perdeu o pai e depois a mãe vítima de cancro. Vê-se sozinho neste mundo, sem qualquer apoio. Ele está sem rumo e não sabe o que fazer, que decisões tomar. Vemo-lo ao longo do livro a tentar seguir os passos da sua mãe e a redescobrir-se a si próprio. Muitas surpresas aguardam-no ao longo do livro, umas boas e outras más, como é a vida
.
Inicialmente, não compreendi bem a Holland, a cada momento parecia que havia algo por contar, algo que deveria ser dito pela autora. Esta personagem sempre me pareceu insegura e não sabia bem o motivo. Apesar de ter um papel secundário no romance torna-se bastante importante.

Kana, por seu lado, é bastante atractiva e divertida. Ela é responsável pelos momentos mais divertidos e ajuda a expandir bastante os horizontes do Danny. Esta foi sem dúvida a minha personagem preferida.


Ler este livro foi bastante emotivo para mim, porque na minha adolescência conheci uma pessoa que passou por uma história semelhante, e revivi alguns momentos nessa leitura. Um excelente livro que se lê compulsivamente, escrito de uma forma simples e na primeira pessoa.

sábado, 8 de março de 2014

[Opinião] “Um Gato, Um Chapéu e Um pedaço de cordel” de Joanne Harris (Edições ASA)


Sinopse:

«As histórias são como bonecas russas: abrem-se e em cada uma encontra-se uma nova.

As histórias neste livro são um pouco assim. Embora ao princípio não pareçam estar relacionadas, os leitores descobrirão que elas estão ligadas de várias maneiras, umas com as outras e também com os meus romances.

Para mim, as histórias são como mapas de mundos ainda por descobrir. Espero que estas vos levem a avançar um pouco mais por esse território inexplorado.»

Joanne Harris

Crianças de vida difícil e coração vibrante, fantasmas domésticos, velhas senhoras em busca de aventura, uma paixão impossível sob os céus de Nova Iorque, a improvável magia de uma sanduíche, as extravagâncias a que a saudade obriga…

O universo romântico, místico e sempre especial de Joanne Harris está de volta em dezasseis histórias que são como bombons: deliciosas, tentadoras e irresistíveis.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 336
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892325354

Opinião:

Ofereceram-me há uns anos atrás o livro “Chocolate” desta autora e gostei, foi com prazer que voltei a ler algo que ela escreveu. É certo que é um livro de contos com um título bastante original, o qual a autora explica nas primeiras páginas.

Um problema muito comum nos livros de contos é encontrar um fio condutor que nos guie ao longo das histórias e que dê uma sequência lógica aos contos. Que pareçam algo mais do que histórias desligadas colocadas no papel apenas para encher. Joanne Harris conseguiu fazê-lo, o livro parece uno e faz sentido, mesmo que as personagens pertençam a Universos diferentes.

Gostei de algumas personagens e despertou-me curiosidade em ler mais romances da autora como é o caso dos seus livros de fantasia, que, pelos contos que ocorrem nesse Universo da autora, parecem ser bastante interessantes e originais.


Este é um excelente livro para os fãs desta autora e que querem conhecer mais as personagens e revê-las.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

[Opinião] "A Grande Revelação" de Julia Quinn


Sinopse: 

O coração de Penelope Featherington sofre por Colin Bridgerton há... não pode ser!?? ...mais de dez anos? Sim, essa é a triste verdade. Dez anos de uma vida enfadonha, animada apenas por devaneios apaixonados. Dez ingénuos anos em que julga conhecer Colin na perfeição. Mal ela sabe que ele é muito (mesmo muito) mais do que aparenta... Cansado de ser visto como um mulherengo fútil, irritado por ver o seu nome surgir constantemente na coluna de mexericos de Lady WhistledownColin regressa a Londres após uma temporada no estrangeiro decidido a mudar as coisas. Mas a realidade (ou melhor, Penelope) vai surpreendê- lo... e de que maneira! Intimidado e atraído, Colin vai ter de perceber se ela é a sua maior ameaça ou o seu final feliz. ps: este livro contém a chave do segredo mais bem guardado da sociedade londrina. 

Ficha Técnica:  

Ano da Edição / Impressão / 2014 
Número Páginas / 376 
ISBN / 9789892325279 
Editora / ASA 

Opinião: 

Este foi o primeiro livro que li da Julia Quinn, para mim foi muito útil que a autora tenha feito um resumo dos livros anteriores de forma a quem comece e a ler por este consiga entender o passado das personagens.  

A forma como a autora escreve faz lembrar  a Jane Austen e o seu romance passa-se na mesma época. Achei as personagens hilariantes e as situações bastante engraçadas. 

Como não li o volume anterior, achei as personagens cativantes e o modo como lidam um com o outro, principalmente Penelope e Colina dinâmica da relação começa de forma lenta crescendo ao longo deste volume. Não me posso pronunciar em relação à evolução das personagens ao longo da saga mas apenas neste livro, e a personagem que mais mudou foi o  Colin. 

Quando ao ambiente, a autora consegue recriar com eficácia os salões e o estilo de vida vitoriano. fazendo-me lembrar o ambiente criado pela Jane Austen. Mas com algum picante que não se conhece na autora britânica.

Um livro que se lê rapidamente e que é bastante divertido.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

[Opinião] "Uma Vida ao Teu Lado" de Nicholas Sparks (Edições Asa)


Sinopse:

Quando Sophia Danko conhece Luke, algo dentro dela muda para sempre. Luke é muito diferente dos homens ricos e privilegiados que a rodeiam. Através dele, Sophia conhece um mundo mais genuíno e puro do que o seu, mas também mais implacável. Ela tem uma vida protegida. Ele vive no limite. À medida que se descobrem e apaixonam, Sophia encara a possibilidade de um futuro diferente do que tinha imaginado. Um futuro que Luke tem o poder de reescrever... se o segredo que o atormenta não os destruir a ambos. Não muito longe, algures numa estrada escura, um desconhecido está em apuros. Ira Levinson tem 90 anos e acabou de sofrer um acidente de carro. Ao tentar manter-se consciente, Ira sente a presença de Ruth, a sua mulher que morreu há 9 anos, materializar-se a seu lado. Ela encoraja-o a lutar pela vida, relembrando a história de amor que os uniu. Ira sabe que Ruth não pode estar no carro com ele mas agarra-se às suas delicadas memórias, revivendo as tristezas e alegrias que definiram a sua paixão. Ira e Ruth. Sophia e Luke. Dois casais com pouco em comum, cujas vidas vão cruzar-se com uma intensidade inesperada nesta celebração do poder do amor e da memória. Uma viagem extraordinária aos limites mais profundos do coração humano pela mão de Nicholas Sparks.

Ficha Técnica:

Ano da Edição: 2013
Número Páginas: 448
ISBN: 9789892324418
Editora: ASA

Opinião:

Nicholas Sparks é mundialmente famoso pelos seus romances que arrebatam milhares de pessoas por todo o mundo. Este romance conta a história de dois casais cujas vidas se vão cruzar de forma inesperada e. Que nunca mais voltarão a ser os mesmos.

Sem primeiro achei interessante o contraste entre a vida no campo e a dada cidade. A vida de rancheiro e de comerciante. Não sabia muito acerca dos cowboys e das dificuldades ue vivem. sparks conseguiu descreve esses pormenores com facilidade e naturalmente ao longo do romance. Comparativamente temos a história de época que decorre durante a segunda guerra mundial.

Ambos os casais têm de ultrapassar as dificuldades para ficarem juntos e será necessária muita força de vontade para que as coisas resultem.

Sparks conta a história diferentes pontos de vista o que nos permite ter uma maior empatia com as personagens se bem que vamos sempre escolher a nossa preferida.

Sophia e Luke formam um dos casais e a sua história de amor tem um início atribulado e vai crescendo sem que nenhum dos dois possa fazer nada para o evitar é uma daquelas histórias belas e que têm de ultrapassar imensas dificuldades e segredos para vingarem.

O segundo casal é Ira e Ruth. Uma história de amor à primeira vista e que tal como nana realidade também tem os seus altos e baixos.

O autor consegue deixar-nos a sofrer pelas personagens até ao ultimo momento. A reviravolta no final deste romance está excelente.


Um romance bastante interessante e de fácil leitura

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

[Opinião] "Sonhos de Papel" de Ruta Sepetys


Sinopse: 

Josie Moraine vive mais do que uma vida. Ela é filha de uma das prostitutas de luxo mais cobiçadas de Nova Orleães, um estigma que a arrasta para o submundo decadente da cidade. Vítima da negligência da mãe, tem nos moradores do extravagante Bairro Francês os seus maiores aliados. De Cokie, humilde e fiel; a Willie, a dona de um bordel cuja frieza esconde um coração de ouro; e a Jesse, tímido, atraente e eternamente apaixonado, todos a protegem e velam por ela. Mas Josie sonha mais alto e move-se com igual à-vontade nos corredores da livraria onde, graças à bondade de um desconhecido, trabalha e habita. Este é o seu porto seguro. Aqui, entre as estantes repletas de livros, no pequeno escritório que agora lhe serve de quarto, não tem de se defender da sua própria mãe nem fingir ser a durona solitária que domina as ruas. Ao anoitecer, quando a porta se fecha e as luzes se apagam, ela descobre nas páginas que folheia a imensidão do mundo e anseia por uma vida melhor. Uma vida como a de Charlotte, a filha de uma família da alta sociedade, cuja amizade a inquieta a ponto de arriscar tudo, mesmo a promessa de um amor verdadeiro. E quando os seus sonhos estão prestes a realizar-se, um crime muda tudo... para sempre. 

Ficha Técnica: 

Ano da Edição / Impressão / 2014 
Número Páginas / 384 
ISBN / 9789892325187 
Editora / ASA 

Opinião: 

Todos nós, em alguma altura da nossa vida, pensamos em mudá-la. Este livro é para essas alturas e para nos mostrar que com força de vontade conseguimos mudar a nossa vida. 

Josie estava destinada a uma vida complicada e todos acreditavam nisso. com o passado que a sua mãe tinha e a infância infeliz que passou, ela estava destinada ao falhanço. Ela revela uma excelente força de vontade e perseverança. Nota-se que é uma personagem muito forte e com um sentido enorme de responsabilidade. As outras personagens acompanham a nível de complexidade e profundidade. 

A autora começa o livro de uma forma bastante crua e directa e vai manter esse registo ao longo do livro, o que torna-o bastante viciante. A acção desenrola-se de uma foram gradual e damos por nós a torcer pela personagem principal e a sofrer com ela. é um livro muito envolvente e emotivo. Honestamente não consegui parar de o ler até o terminar, e mesmo assim fiquei com curiosidade de continuar a ler e descobrir mais acerca destas personagens e do que o futuro lhes reserva. 

acção do livro ocorre nos anos 50, mas a história é tão actual que poderia ocorrer nalguma cidade nos dias de hoje. O preconceito associado à prostituição e aos filhos que nascem dessas relações ainda existe e infelizmente prejudica muitas vidas, fechando-lhes as portas.  

É um romance bastante interessante e viciante que nos provoca sensações fortes e empatia pelas personagens.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

[Opinião] “O Último Ano em Luanda” de Tiago Rebelo (Edições ASA)


Sinopse:

Nos derradeiros meses do império colonial, um casal luta para sobreviver à guerra. Em 1974, uma revolução em Lisboa apanha de surpresa os portugueses que vivem em Angola. Em escassos meses, trezentas mil pessoas são obrigadas a largar tudo e a fugir, embarcando numa ponte aérea e marítima que marca o maior êxodo da história deste povo. Para trás deixam casas, carros, animais de estimação. Empresas, fábricas, lojas e fazendas são abandonadas. Luanda, a capital da jóia da coroa do império português, é abalada por uma guerra civil que alastra ao resto do território angolano, com três movimentos de libertação a combaterem entre si. É neste cenário de total desorientação e insegurança que Nuno, um aventureiro que há anos atravessa os céus do sertão angolano aos comandos do seu avião, luta, juntamente com Regina e o filho de ambos, para sobreviver à violência diária, às perseguições políticas, às intrigas e traições que fazem de Luanda uma cidade desesperada. Esta é uma história de coragem e abnegação, que poderia ser a de tantos outros portugueses deixados à sua sorte numa terra a ferro e fogo.

Ficha Técnica:

Ano da Edição / Impressão / 2013
Número Páginas / 520
ISBN / 9789892325095
Editora / ASA

Opinião:

Tiago Rebelo é um autor que sempre senti curiosidade de ler e com este romance, “O último ano em Luanda” finalmente consegui ler pela primeira vez. O livro é grande e pesado, mas a sua leitura é fácil, rápida e viciante.

O autor leva-nos a conhecer os acontecimentos em Luanda e Angola, enquanto colónia portuguesa na revolução dos cravos, os efeitos que isso trouxe e a série de eventos que se seguiram.

Nas palavras do autor conhecemos um casal, pouco convencional, o Nuno e a Regina. Acompanhamos a história em pontos fundamentais, antes da partida para a Angola e quando já lá estão, como a sua vida mudou e a relação entre os dois evoluiu. Regina é uma mulher muito independente e com uma mentalidade muito aberta para a época, Nuno é rebelde e deixa-se levar pelas situações em que se encontra. São um casal improvável que de uma forma ou de outra fazem a relação funcionar.

O livro é viciante desde a primeira página, as descrições das paisagens e locais são excelentes, conseguem despertar todos os cinco sentidos dos leitores.


É um livro muito interessante de um autor Português.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

[Opinião] “Provocadora” de Madeline Hunter (Edições ASA)


Sinopse:

Verity Thompson desapareceu no dia do seu casamento. O seu paradeiro manteve-se secreto durante dois anos. Um longo período em que o marido, o conde de Hawkeswell, viveu na penúria e na incerteza. Verity deixou para trás uma fortuna imensa mas inacessível, pois o seu óbito não foi declarado. Nem poderia sê-lo pois ela está bem viva. Ao ser obrigada a casar, Verity fugiu de Londres e refugiou-se, incógnita, no campo. Sem qualquer interesse pelo título ou estatuto do marido, abdicou da sua fortuna em troca da liberdade. Mas o passado tem os seus próprios desígnios e a jovem vê-se agora obrigada a regressar à cidade e a um casamento sem amor. Por seu lado, o arrogante Hawkeswell está disposto a chegar a um acordo: se Verity lhe conceder três beijos por dia, ele não a obrigará a cumprir os deveres conjugais. Mas, claro, há beijos e beijos... e Verity vai perceber até que ponto se arruinou ao entregar-se às mãos hábeis de um mestre.

Ficha Técnica:

Ano da Edição / Impressão / 2013
Número Páginas / 336
ISBN / 9789892325125
Editora / ASA

Opinião:

“Provocador” é o segundo volume da série “As flores mais raras”, o primeiro volume “Deslumbrante” já foi criticado aqui no blog anteriormente.

Com capas bastante contemporâneas estes livros são, na realidade, livros que se passam na época vitoriana. As personagens deste volume Verity e o conde de Hawkeswell já aparecem no primeiro volume sem ficarmos a conhecer muito acerca deles. No inico deste romance todos pensam que Verity está morta e que nunca mais a verão. O início do livro começa com o ponto de vista do Conde, o que limita um pouco a interacção do leitor com a cena, mas torna-se interessante porque até ao último momento não nos apercebemos do que aquela personagem está a pensar, nem mesmo quem será a misteriosa mulher do chapéu.

O casamento entre os dois personagens principais foi arranjado, um casamento de conveniência e um mal-entendido é o que está por detrás do desaparecimento de Verity. Este continua a pairar entre os dois durante bastante tempo. Madeline Hunter consegue criar uma atmosfera de suspense e de romance entre eles, mas também revela o conflito interno das personagens em relação à sua situação.

O conde é um homem muito seguro de si próprio, com uma personalidade muito forte e com um charme que advém da sua elevada autoconfiança. Quando ele entra num local toma conta de toda a sala e chama a atenção. Por seu lado, Verity também tem uma personalidade forte e não se deixa levar facilmente, tenta lutar pelo que pensa e acredita.

Um excelente livro e continuação, aguardo ansiosamente pelo terceiro volume.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

[Opinião] “Deslumbrante” de Madeline Hunter (Edições Asa)


Sinopse:

Numa época em que a reputação de uma mulher é o seu bem mais precioso, Audrianna desafia todas as convenções. Ela é uma jovem determinada, independente… e disposta a tudo para aniquilar o seu adversário, o altivo Lord Sebastian Sommerhayes. A uni-los está um homem: o pai de Audrianna, que morreu envolto nas malhas de uma conspiração. Para Audrianna, essa tragédia significou o fim da sua inocência. Para Sebastian, que liderou a investigação, foi apenas uma morte merecida. Audrianna jurou limpar o nome do pai, mas nunca esperou sentir um desejo tão avassalador pelo homem que o arrasou. A busca pela verdade vai levá-la demasiado longe numa sociedade que é implacável perante a ousadia feminina. Ao ver-se mergulhada num escândalo que pode ser-lhe fatal, Audrianna tem apenas uma inconcebível opção…

Deslumbrante é o primeiro volume da série As Flores Mais Raras. Mais uma apaixonante e sensual saga histórica pela mão da Rainha do Romance.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 320
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892323725

Opinião:

Este é o primeiro livro da Madeline Hunter que li, a autora é conhecida pelos seus romances. As histórias de época com passagens mais quentes estão em voga, de momento, e cada vez mais proliferam na literatura. O que não torna este livro único. A capa chama a atenção pela sua simplicidade.

Neste primeiro romance, Madeline Hunter apresenta-nos as várias personagens que vão figurar nos livros seguintes, sendo que a história centra-se em Lord Sebastian e Audrianna. Eles conhecem-se por acaso e daí a história parte. Numa época de convenções e honra, Audrianna rompe com o que seria esperado dela e é uma mulher independente, isso atrai o Lord Sebastian e o confunde. O livro começa com um tom de suspense e com uma evolução rápida da acção, a meio do romance esse tom esvanece e a autora centra-se mais na relação entre as duas personagens principais, acabando no mesmo tom acelerado da acção nos últimos capítulos.

A autora descreve os momentos mais íntimos de uma forma mais discreta do que alguns dos seus colegas de tema, acabando por deixar muito à imaginação do leitor, e quem tem uma mente fértil consegue imaginar o que se segue em certos momentos. A relação entre os dois personagens cresce ao longo da história de uma forma que seria natural na época, já que imensos casamentos eram de conveniência e de honra, o que fazia com que o amor, tão apreciado na nossa época, fosse deixado em segundo plano. Havia muito a ideia de que o amor aprendia-se com o tempo e não era aquela paixão violenta e arrebatadora.

As descrições da autora são curtas e directas. A autora não se deixa levar pelos momentos e segue a sua história não perdendo o seu objectivo final que é mostrar algo mais do que a relação entre os dois personagens principais.

As amigas que vão protagonizar os volumes seguintes, não foram muito exploradas neste volume, mas fiquei com imensa curiosidade de ver o que a autora reservou para a Celia. A personagem que achei mais detestável foi a mãe de Sebastian, era perfeitamente intragável, por vezes desejei que a Audrianna lhe fizesse frente de outra forma, mas tal não aconteceu.

Foi um livro que gostei de ler, mesmo não fazendo parte dos meus hábitos de leitura, tornou-se uma boa excepção.


domingo, 30 de junho de 2013

[Opinião] “Uma Espia no meu passado” de Lucinda Riley (Edições ASA)


Sinopse:

Côte d’Azur, 1998. Émilie lutou sempre contra o seu passado aristocrático. Agora, com a morte da mãe, é obrigada a confrontá-lo pois é a única herdeira do imponente castelo da família. Mas com a casa vem uma pesada dívida e muitas interrogações: qual era a finalidade do quarto secreto que descobre por baixo da adega? Quem é a misteriosa Sophia, que assina um comovente caderno de poemas? Quem foram os protagonistas da trágica paixão que mudou o curso da história da família?

Londres, 1943. Em plena Segunda Guerra Mundial, a inexperiente Constance Carruthers é recrutada pelos serviços de espionagem britânicos e enviada para Paris. Um incidente separa-a do seu contacto na Resistência Francesa, obrigando-a a refugiar-se junto de uma família aristocrata que entretém membros da elite de Hitler ao mesmo tempo que conspira para libertar o país. Numa cidade repleta de espiões e no auge da ocupação nazi, Constance vai ter de decidir a quem confiar o seu coração.

Constance e Émilie estão separadas por meio século mas unidas por laços que resistiram à força demolidora do tempo. Os segredos que o passado encerra pulsam ainda em busca de redenção.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 496
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892323619

Opinião:

Este livro atraiu-me primeiramente pela capa e pela sinopse que me atraiu e despertou a curiosidade.

O livro é narrado em dois períodos temporais, a actualidade, onde acompanhamos Émilie e todos os que com ela lidam, e no final da Segunda Guerra Mundial, onde acompanhamos, Constance, Sophia e Édouard.
Desde as primeiras páginas, nós notamos que existe algum mistério, algo no passado do pai de Émilie, Édouard, que ele tentou esconder e que de alguma forma está relacionado com Constance e o súbito aparecimento de Sebastian.

O livro começa com a morte de Valerie, a mãe de Émilie. Esta é muito insegura devido ao distanciamento que tinha de sua mãe, a qual ela não conhecia muito bem mas que sempre deixou transparecer uma atitude fria e desinteressada. Émilie vê-se assim sozinha no mundo, sem qualquer familiar. E é arrebatada, neste momento de fraqueza, por Sebastian, o qual parece inicialmente ser uma coisa, mas com o evoluir da história notamos que algo de errado se passa. Como se pode constatar no seguinte diálogo:

- Vais embora? – perguntou.
- Sim. Vou para Londres, amanhã.
- Nesse caso, vou contigo.
- Duvido que a pocilga onde fico mereça a tua aprovação.
- Não quero saber disso. – disse ela, decidida.
- Bem, talvez eu queira.
- Posso pagar para ficar num hotel.
- Pela última vez, não quero mais do raio do teu dinheiro!

Émilie é uma mulher marcada por uma infância triste e isso a tornou insegura em inúmeros campos. Com o evoluir da história, vemo-la a desabrochar e a tornar-se numa mulher decidida e forte. A qual nos surpreende nos capítulos finais.

Quanto a Sebastian, esta personagem surge como o cavaleiro andante que vai salvar a donzela do perigo. Mas deixa-nos com a impressão que esconde algo que não sabemos o quê. Desconfiamos ao longo da história de várias coisas, mas é só nos capítulos finais que percebemos tudo.

Alex, o irmão de Sebastian, é retratado inicialmente como irascível, manipulador e vingativo, como um menino mimado preso a uma cadeira de rodas que não descansa até ver todos infelizes. Émilie acaba por ter de lidar com ele, ao longo dos lias que fica abandonada na decrépita mandão de Blackmoor Hall.

A história do Período da Segunda Grande Guerra é narrada por Jacques, fiel funcionário dos de la Martinières desde sempre, o qual revela o passado de Constance, Édouard e Sophia e o grande segredo da família que foi abafado e que a maioria das personagens levou para a campa. É nesta fase que Émilie compreende melhor o seu pai e o que se passou nessa época, e como todos esses eventos o mudaram.

Edouard era um francês patriota que ajudava a resistência, passando informações para eles sempre que conseguia obtê-las junto de altas patentes alemãs graças aos seus conhecimentos e posição social, o que o punha numa posição privilegiada. Ele muda ao longo da história para o homem que Émilie conheceu.

Sophia, sua irmã, é tratada como uma flor delicada e com aspecto frágil que todos tentam tratar como uma criança e que tentam proteger do mundo. Ninguém a consegue ver como a mulher que ela é. Acaba por se ver envolvida na vida dupla do seu irmão e sofre com isso. Toda a sua existência é um mistério para Émilie.

Depois temos Connie, a espia inglesa, uma homenagem para todas as mulheres, sejam inglesas ou francesas, que sacrificaram as suas vidas para que o regime Nazi fosse derrotado. Ela é uma mulher forte e decidida a quem o azar persegue. Acaba por se sacrificar pelos de Martinières. Os seus actos a marcaram profundamente até à hora da sua morte.

Finalmente, temos os dois gémeos alemães, Falk e Frederick, cujas semelhanças terminam na aparência. Os dois não podiam ser mais díspares, Falk, o mais novo, era mau e cruel, parecia tirar prazer de todo o mal que fazia a um ser humano. Frederik, o mais velho, apenas fazia o que tinha de ser devido a ser obrigado, tentando garantir a sua sobrevivência, Falk é o vilão de toda a história, um homem desprezível que desejamos que acabe por pagar por todos os seus pecados.

A história flui naturalmente e a acção tem um ritmo próprio que a torna muito agradável de ler. Gostei bastante da forma como Lucinda Riley escreve e as suas descrições são bastante clara e simples.

O sol já iniciara a última parte do seu percurso descendente quando Émilie começou a caminhar pelo solo pedregoso entre as filas de frágeis videiras. Nas semanas que iam seguir-se, haviam de crescer como ervas daninhas para produzir os doces e gordos frutos que seriam apanhados na vendange do fim do verão e dariam origem ao vinho do ano seguinte.


Ela consegue recriar todos os ambientes e transmitir com sucesso os sentimentos das personagens. Este é um livro para se ler e reler ao longo da vida.