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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

[Opinião] “Engitiae Parte 1 Escapatória” de Maria Mafalda Fernando (Chiado Editora)


Sinopse:

Num mundo feito de destinos traçados, nasce uma rapariga com a capacidade de escrever o seu.

Tendo crescido no confinamento da Casa Navrael, instituição onde foi desde cedo ensinada que pouco mais há para além da mente humana, Ealin nunca teve o mais pequeno vislumbre do mundo que a rodeava. No entanto, a sua fome de liberdade e conhecimento leva-a, contra todas as convenções, a tomar as rédeas do seu próprio destino e aventurar-se para lá da muralha que sempre delimitara o seu universo.

Perdida e sozinha face ao desconhecido, a jovem rapariga inicia então uma incessante busca de respostas e orientação num mundo repleto de perigos e segredos, enquanto trava uma luta interior contra misteriosas forças que procuram demovê-la do seu objetivo. Depressa se torna evidente que a sua terra natal não se encontra nem próxima do que ela imaginara - e que há algo de muito errado na província em ascensão, Nehsüan.

Assim, sem fazer por isso, Ealin vai tornar-se a chave para a libertação de Nehsüan da estranha tirania a que está sujeita… ou a arma para a sua destruição.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 516
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789895101993
Coleção: Viagens na Ficção

Opinião:

O campo da fantasia em Portugal é uma área da literatura bastante desconhecida e pouco explorada.

“Engitiae” é uma história de fantasia que é mais orientada para o público mais jovem que aprecie fantasia e procuras épicas. Quanto à história em si, esta tem potencial, mas ainda necessita de ser trabalhada e mais explorada, porque há partes que podiam ser mais expandidas e trabalhadas para terem mais pormenores e detalhes. A linguagem utilizada pela autora é mais orientada para o seu público-alvo, sem grandes floreados linguísticos nem grandes artifícios. Como narradora escolheu a personagem principal, Ealin, a qual nos apresenta os acontecimentos do seu ponto de vista. Isto limita muito o nosso conhecimento da história e dos eventos, fazendo com que nos identifiquemos melhor com Ealin do que com as outras personagens, já que a conhecemos mais intimamente.

Um ponto positivo deste romance é que tem poucas personagens, auxiliando assim ao leitor seguira história e as personagens secundárias tornam-se memoráveis por esse motivo. Isto também permite à autora escrever mais livremente e evitar incongruências na história.


Ainda há muito para explorar neste Universo e Ealin ainda é muito inocente e jovem. Há muito que tem de ser explorado e contado neste mundo criado por Mafia Mafalda. O final do livro deixa-nos a imaginar o que acontecerá de seguida. Será que vamos saber finalmente quais são os papeis de todas as personagens na trama?