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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

[Opinião]“Presa e Predador” de Gordon Reece (Saída de Emergência)


Sinopse:

Uma história fascinante sobre uma mãe e filha forçadas até ao limite.

Shelley e a sua mãe já sofreram a sua dose de ameaças e violência. Quase morta por um trio de agressores na escola, e ainda fragilizada pelo humilhante divórcio dos pais, a jovem encontrou refúgio com a mãe num retiro sossegado no campo.

Os problemas parecem ter terminado e nada lhes dá mais prazer do que saborear uma vida segura em torno de livros, jardinagem, chocolate quente e música à lareira. Mas na véspera do seu aniversário, um visitante perturba a paz da mãe e filha e algo em Shelley rebenta.

O que era um idílio transforma-se numa história de medo, lealdade familiar e luta pela segurança, mesmo que implique quebrar todas as convenções morais. O que está certo ou errado quando a sobrevivência está em jogo? Quando é que a presa se transforma em predador?

Ficha Técnica:

Chancela: Saída de Emergência
Data 1ª Edição: 20/09/2013
ISBN: 9789896375843
Nº de Páginas: 240
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole

Opinião:

O que me saltou à vista neste livro foi a capa, simples traduz um ar desolado e o facto das duas pessoas não olharem directamente para a camara e as suas expressões revelam que escondem algo. Um mistério que nos apetece logo ali desvendar. A criança que está na imagem parece um pouco nova para ser a personagem principal, mas de acordo com a descrição inicial que ela faz de si não se deve afastar muito porque a imaginei pequena e magra, com ar de criança.

Este livro tira-nos o tapete de baixo dos pés e nos deixa KOs quando lemos. A história é-nos contada na primeira pessoa pela Shelley e o autor conseguiu transmitir com exactidão os sentimentos dela e provoca no leitor sensações intensas e nos faz pensar em muitos problemas da sociedade, como é o caso do Builling e como, finalmente, as pessoas se começaram a consciencializar desta situações e como esta afecta uma criança, as cicatrizes que deixa.

A intensidade do livro se deve à sua curta extensão e ao ritmo acelerado que o autor impõe ao leitor, com momentos de acção uns seguidos aos outros sem nos deixar descansar das emoções fortes.

A meio do livro acontece uma reviravolta que nos surpreende, se inicialmente temos pena de Shelley, passamos rapidamente para a incredulidade e depois para a raiva e finalmente para o orgulho. É um livro que nos deixa marcas e muda a forma como nos encaramos e os outros que nos rodeiam.