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domingo, 20 de julho de 2014

[Opinião] “Pecadora” de Madeline Hunter (Edições Asa)



Sinopse:

Habituada a uma existência pacata, Celia Pennifold vê a sua vida virada do avesso após a morte da mãe, Alessandra Northrope, uma cortesã afamada.

Para além de uma pequena casa, a mãe deixou-lhe de herança apenas dívidas e uma reputação manchada. O destino de Celia já está traçado há muito. Ela foi educada para seguir as pisadas da mãe. Mas Celia é determinada e tem os seus próprios planos… que não incluem, evidentemente, o misterioso inquilino com que se depara ao instalar-se no seu novo lar.

Jonathan Albrighton encontra-se numa missão a mando do tio, pois há suspeitas de que Alessandra possuía informações delicadas sobre alguns dos homens mais influentes da sociedade londrina. Jonathan pensava estar perante uma tarefa simples, não contava encontrar em Celia uma adversária à sua altura…

Ficha Técnica:

Ano da Edição / Impressão / 2014
Número Páginas / 328
ISBN / 9789892327884
Editora / ASA

Opinião:

Depois de “Deslumbrante” e “Provocadora”, Madeline Hunter traz-nos mais uma das suas flores mais raras em “Pecadora”. Chegou a vez de Célia encontrar o homem que a vai levar aos extremos e  provocar para ser mais do que a sociedade espera de si.

Célia viver escondida durante muito tempo e nem as suas amigas sabiam a sua verdadeira identidade. Ela queria esquecer o seu passado e fugiu deste. Mas, como é habitual, tudo acaba por regressar inesperadamente e Célia vê-se sobrecarregada por este e pelas implicações que isso traz.

Célia é filha de uma das mais conceituadas cortesãs e isso leva a que todos pensem que ela vai seguir os passos da sua falecida mãe. Ela tenta mudar a forma como as pessoas a vêem. Mas isto torna-se complicado quando descobre um hospede inoportuno, o Jonathan Abrighton, um homem do seu passado.

A atracção entre os dois bem patente desde o primeiro momento e isso é bem patente. A autora é exímia nas suas descrições nos momentos mais intensos da narrativa.

Adorei este volume, penso que seja o melhor dos três, a independência e segurança de Célia contrasta com a das amigas. Ela é uma verdadeira mulher de armas. “Pecadora” é o terceiro volume da séria “As Flores mais Raras” e eleva ainda mais a fasquia e as nossas expectativas para o próximo volume, que aguardamos ansiosamente.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

[Opinião] “Provocadora” de Madeline Hunter (Edições ASA)


Sinopse:

Verity Thompson desapareceu no dia do seu casamento. O seu paradeiro manteve-se secreto durante dois anos. Um longo período em que o marido, o conde de Hawkeswell, viveu na penúria e na incerteza. Verity deixou para trás uma fortuna imensa mas inacessível, pois o seu óbito não foi declarado. Nem poderia sê-lo pois ela está bem viva. Ao ser obrigada a casar, Verity fugiu de Londres e refugiou-se, incógnita, no campo. Sem qualquer interesse pelo título ou estatuto do marido, abdicou da sua fortuna em troca da liberdade. Mas o passado tem os seus próprios desígnios e a jovem vê-se agora obrigada a regressar à cidade e a um casamento sem amor. Por seu lado, o arrogante Hawkeswell está disposto a chegar a um acordo: se Verity lhe conceder três beijos por dia, ele não a obrigará a cumprir os deveres conjugais. Mas, claro, há beijos e beijos... e Verity vai perceber até que ponto se arruinou ao entregar-se às mãos hábeis de um mestre.

Ficha Técnica:

Ano da Edição / Impressão / 2013
Número Páginas / 336
ISBN / 9789892325125
Editora / ASA

Opinião:

“Provocador” é o segundo volume da série “As flores mais raras”, o primeiro volume “Deslumbrante” já foi criticado aqui no blog anteriormente.

Com capas bastante contemporâneas estes livros são, na realidade, livros que se passam na época vitoriana. As personagens deste volume Verity e o conde de Hawkeswell já aparecem no primeiro volume sem ficarmos a conhecer muito acerca deles. No inico deste romance todos pensam que Verity está morta e que nunca mais a verão. O início do livro começa com o ponto de vista do Conde, o que limita um pouco a interacção do leitor com a cena, mas torna-se interessante porque até ao último momento não nos apercebemos do que aquela personagem está a pensar, nem mesmo quem será a misteriosa mulher do chapéu.

O casamento entre os dois personagens principais foi arranjado, um casamento de conveniência e um mal-entendido é o que está por detrás do desaparecimento de Verity. Este continua a pairar entre os dois durante bastante tempo. Madeline Hunter consegue criar uma atmosfera de suspense e de romance entre eles, mas também revela o conflito interno das personagens em relação à sua situação.

O conde é um homem muito seguro de si próprio, com uma personalidade muito forte e com um charme que advém da sua elevada autoconfiança. Quando ele entra num local toma conta de toda a sala e chama a atenção. Por seu lado, Verity também tem uma personalidade forte e não se deixa levar facilmente, tenta lutar pelo que pensa e acredita.

Um excelente livro e continuação, aguardo ansiosamente pelo terceiro volume.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

[Opinião] “Deslumbrante” de Madeline Hunter (Edições Asa)


Sinopse:

Numa época em que a reputação de uma mulher é o seu bem mais precioso, Audrianna desafia todas as convenções. Ela é uma jovem determinada, independente… e disposta a tudo para aniquilar o seu adversário, o altivo Lord Sebastian Sommerhayes. A uni-los está um homem: o pai de Audrianna, que morreu envolto nas malhas de uma conspiração. Para Audrianna, essa tragédia significou o fim da sua inocência. Para Sebastian, que liderou a investigação, foi apenas uma morte merecida. Audrianna jurou limpar o nome do pai, mas nunca esperou sentir um desejo tão avassalador pelo homem que o arrasou. A busca pela verdade vai levá-la demasiado longe numa sociedade que é implacável perante a ousadia feminina. Ao ver-se mergulhada num escândalo que pode ser-lhe fatal, Audrianna tem apenas uma inconcebível opção…

Deslumbrante é o primeiro volume da série As Flores Mais Raras. Mais uma apaixonante e sensual saga histórica pela mão da Rainha do Romance.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 320
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892323725

Opinião:

Este é o primeiro livro da Madeline Hunter que li, a autora é conhecida pelos seus romances. As histórias de época com passagens mais quentes estão em voga, de momento, e cada vez mais proliferam na literatura. O que não torna este livro único. A capa chama a atenção pela sua simplicidade.

Neste primeiro romance, Madeline Hunter apresenta-nos as várias personagens que vão figurar nos livros seguintes, sendo que a história centra-se em Lord Sebastian e Audrianna. Eles conhecem-se por acaso e daí a história parte. Numa época de convenções e honra, Audrianna rompe com o que seria esperado dela e é uma mulher independente, isso atrai o Lord Sebastian e o confunde. O livro começa com um tom de suspense e com uma evolução rápida da acção, a meio do romance esse tom esvanece e a autora centra-se mais na relação entre as duas personagens principais, acabando no mesmo tom acelerado da acção nos últimos capítulos.

A autora descreve os momentos mais íntimos de uma forma mais discreta do que alguns dos seus colegas de tema, acabando por deixar muito à imaginação do leitor, e quem tem uma mente fértil consegue imaginar o que se segue em certos momentos. A relação entre os dois personagens cresce ao longo da história de uma forma que seria natural na época, já que imensos casamentos eram de conveniência e de honra, o que fazia com que o amor, tão apreciado na nossa época, fosse deixado em segundo plano. Havia muito a ideia de que o amor aprendia-se com o tempo e não era aquela paixão violenta e arrebatadora.

As descrições da autora são curtas e directas. A autora não se deixa levar pelos momentos e segue a sua história não perdendo o seu objectivo final que é mostrar algo mais do que a relação entre os dois personagens principais.

As amigas que vão protagonizar os volumes seguintes, não foram muito exploradas neste volume, mas fiquei com imensa curiosidade de ver o que a autora reservou para a Celia. A personagem que achei mais detestável foi a mãe de Sebastian, era perfeitamente intragável, por vezes desejei que a Audrianna lhe fizesse frente de outra forma, mas tal não aconteceu.

Foi um livro que gostei de ler, mesmo não fazendo parte dos meus hábitos de leitura, tornou-se uma boa excepção.