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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

[Opinião] “Mais Forte do que o Desejo” de Cheryl Holt (Quinta-Essência)


Sinopse:

Com a família a atravessar uma grave situação financeira, Olivia Hopkins dispõe-se a conseguir uma proposta de casamento do já maduro conde de Salisbury. Contudo, o plano cai por terra quando ela descobre um livro erótico na biblioteca do conde. O livro incendeia o corpo de Olivia, que não consegue pô-lo de lado, até ser apanhada em flagrante pelo diabolicamente bonito filho do conde, um homem que lhe acelera o coração e lhe preenche o imaginário com pensamentos escaldantes…

Phillip Paxton não consegue acreditar na sua boa sorte. O facto de ter apanhado Olivia com aquele livro picante confere-lhe a maravilhosa oportunidade de humilhar o pai que despreza. Servindo-se do livro como isco, Phillip atrai Olivia para uma ligação eletrizante que resulta em ardentes lições de paixão. Phillip não esperava apaixonar-se pela sua encantadora aluna, mas o que começa como um esquema libertino em breve se transforma num romance genuíno e que Phillip protegerá a qualquer custo…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 340
Editor: Quinta-essência
ISBN: 9789897260797

Opinião:

Para mim este ano está repleto de estreias, e desta vez foi a Cheryl Holt. Este foi o primeiro livro desta autora que li, o quarto publicado pela editora.

O que me chamou a atenção acerca deste livro foi a capa, a simplicidade desta realça o olhar da modelo e dá um ar sensual que atrai os leitores e o pormenor do laço é a cereja no topo do bolo. Faltam apenas 5 dias para o livro chegar às bancas e sei que as mais viciadas leitoras estão ansiosas por ter este livro que é um regalo para os olhos.

Tal como seria de esperar, esta história passa-se no período vitoriano, uma época de ouro para este tipo de romances. Nesta altura da história a moral e a honra eram tudo e os pais tentavam proteger as suas filhas de libertinos que as tentavam. Os casamentos eram realizados por conveniência e o amor era limitado às páginas dos romances.

Olivia, uma jovem de boas famílias, é levada pela madrasta para conhecer um conde, com o qual deveria casar. Este procurava uma jovem noiva que lhe desse um herdeiro. Esta jovem está a começar a conhecer a vida e o que esta lhe pode reservar, é uma jovem virginal que esconde o seu lado mais selvagem por causa das aparências, isso é bem patente logo nas primeiras páginas do romance.

Aos vinte e três anos, nunca vira os seios de uma mulher e, embora tentasse recordar-se, nem sequer estava certa de ter visto os seus, o que indubitavelmente devia ter feito. Embora fosse uma artista, conhecia muito pouco da anatomia humana. As suas investigações estéticas deviam tê-la incitado a estudar a questão nos seus aspectos mais íntimos, mas – na qualidade de formal e pudica filha de um falecido conde - não estava na posição de contractar um modelo para posar nu e não era o tipo de pessoa capaz de se colocar diante de um espelho e observar-se como viera ao mundo. Por conseguinte, ignorava que aquela parte do corpo pudesse despertar um tal magnetismo e encanto.
Não conseguia desviar os olhos.

Ao longo do romance vemos Olivia a desabrochar e a tornar-se mulher, isto deve-se à relação que desenvolve com Philip. Este primeiramente começa com um jogo de sedução como vingança contra o seu pai e depois torna-se algo de mais intenso e profundo e acaba por se apaixonar pela Olivia.

Quanto ao Conde, este acaba por conhecer a deslumbrante e quente prima Winnie e quer a todo custo seduzi-la. Mas tal como a relação entre Olivia e Philip a moral e as regras intrometem-se e o amor dos dois parece condenado ao fracasso. Sofremos com os personagens enquanto a história avança.

Tudo seria um mar de rosas se não existissem Penelope e Margaret que fazem de tudo para separar os casais felizes e destruir a felicidade que encontram. Mas será que serão bem-sucedidas. Para elas o dinheiro é tudo e Penelope envolve-se num jogo perigoso e Margaret descuida-se da sua protecção à filha.


Como um livro erótico, as cenas quentes e tórridas não faltam e fazem aquecer o sangue de quem as ler, mesmo quem não aprecie este tipo de romances não fica indiferente às descrições da autora e à intensidade da sua escrita. Um romance intenso e rico para todas as leitoras.