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domingo, 26 de maio de 2013

[Opinião] “Rainha das Trevas” de Anne Bishop (Saída de Emergência)


Sinopse:

Terceiro volume da Trilogia das Jóias Negras.

Há setecentos anos, num mundo governado por mulheres e onde os homens são meros súbditos, uma Viúva Negra profetizou a chegada de uma Rainha na sua teia de sonhos e visões.Incapazes de atingir Jaenelle, a jovem Rainha, os membros corruptos dos Sangue fazem um jogo perverso de diplomacia e mentira, procurando destruir aqueles que sempre deram tudo por ela. E revertem as culpas para o seu tutor, Saetan, que passa a ser visto como a maior das ameaças ao poder instituído.Com Jaenelle como Rainha, a chacina do povo e a profanação das terras irá terminar. Porém, onde se fechou uma porta poderá abrir-se uma janela... E mesmo que Jaenelle possa contar com os seus aliados, talvez não seja suficiente: só um terrível sacrifício poderá salvar o coração de Kaeleer.

Ficha técnica:

Chancela: Saida de Emergência
Coleção: BANG
Saga/Série: Trilogia das Jóias Negras  Nº: 3
Data 1ª Edição: 25/06/2007
ISBN: 9789896371722
Encadernação: Capa Mole

Opinião:

Este é o terceiro e último livro da trilogia das joias negras de Anne Bishop. O primeiro volume “Filha do Sangue” e o segundo “Herdeira das Sombras” já foram criticados aqui no blog anteriormente.

Enquanto conclusão da história, Anne Bishop centrou-se mais na acção neste volume, já que as personagens eram bem conhecidas dos volumes anteriores. Existem momentos de acção rápida e momentos de pausa, em que conhecemos melhor os sentimentos das personagens que já conhecemos bem do resto da trilogia. O que nos permite uma maior introspecção das personagens e aprendemos mais acerca deles. Se bem que as personagens são consistentes desde o primeiro volume e poucas evoluem. A personagem Sureal passa a ter uma importância neste volume e um foco mais central que eu não suspeitava que tivesse. Jaenelle e Daemon estão finalmente cara a cara e o reencontro dos dois acontece neste volume. As espectativas que eu tinha para este relacionamento eram grandes e Anne Bishop conseguiu dar realismo a este encontro.

Neste volume, a autora mostra uma faceta mais negra de algumas personagens mas combate esse lado mais escuro com o humor em momentos hilariantes. Novamente, Lucivar foi a minha personagem favorita. Sempre com o seu feitio complicado acaba por se revelar mais um pouco neste volume. O amor entre os dois irmãos é ainda mais marcado neste livro.

O final é previsível, apesar da forma em que se chegou a este não o ser. Desconfiávamos sempre que no final tudo iria ficar resolvido. Mas, sofremos até chegar lá. Não conseguimos parar de ler até chegarmos às últimas páginas do livro.

Esperava mais da Dorothea, nem ela nem a irmã Hekatah se revelam como um inimigo à altura da feiticeira. Acabam por desiludir e é a única falha desta saga que poderia ser melhorada. Anne Bishop faz a melhor descrição das irmãs neste volume:

Dorothea olhou fixamente para os reflexos das duas no vidro. Em tempos, tinham sido mulheres encantadoras. Presentemente, Hekatah assemelhava-se a um cadáver devorado por vermes e ela própria…

Neste livro os parentes passam a ter um papel mais central, e a relação entre os humanos e parentes é bastante natural e produz alguns dos momentos mais engraçados da saga, eu não consegui conter-me por vezes.

Este é sem dúvida o melhor livro da saga.

Uma pequena conclusão acerca da trilogia, com o avançar dos volumes que a constituem a história torna-se mais negra e com mais acção. A introdução ao mundo dos sangue é quase nenhuma, entramos como que caídos de para-quedas e os conceitos são-nos introduzidos ao longo da história. Acompanhamos os jogos de poder que se passam nos bastidores desse Universo e o escolher entre um mal e o pior mal. Porque aqui ninguém é perfeito e o mal habita em todos.


Anne Bishop tem uma forma de escrever bastante atractiva que nos leva a ficar viciados na história. Esta é uma saga bastante complexa num universo que nos é aberto aos poucos e no qual mergulhamos aos poucos. Adorei a saga.