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domingo, 4 de agosto de 2013

[Opinião] “Onde estão as Crianças?” de Mary Higgins Clark (Bertrand Editora)


Sinopse:

Nancy fugiu ao sofrimento do seu primeiro casamento, à morte macabra dos dois filhos pequenos, às histórias de capa dos jornais e às chocantes acusações feitas contra si. Mudou de nome, pintou o cabelo e foi viver para outro sítio. Agora, feliz com um novo marido e dois filhos lindos, Nancy sente que pode por fim esquecer a sua história trágica e começar a acreditar em segundas oportunidades. Até que, uma manhã, olha pela janela para ver os filhos, mas encontra apenas uma luva vermelha e percebe que o pesadelo começou do novo…


Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 200
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722526371

Opinião:

Eu li este livro pela primeira vez há quinze anos atrás. Tal como da outra vez, ler este livro trás todos os nossos sentidos à flor da pele. Não me lembrava de todos os pormenores da história, por isso foi quase como ler pela primeira vez o romance. Logo no início do romance a autora fala-nos um pouco da sua vida, o que me fez admirá-la ainda mais.

Este foi o primeiro romance que a autora escreveu e revelou o seu talento de uma forma exímia. O livro agarra desde a primeira frase e não o conseguimos largar até ao seu final. É daqueles livros de leitura compulsiva o que nos ajuda é o romance ser pequeno e fácil de ler.

Mary Higgins Clark, tem uma forma de nos envolver extraordinária, cada palavra que ela escolhe é bem escolhida e acaba por transmitir de forma simples as suas ideias.

Sentiu a corrente de ar frio que penetrava através das fendas nos caixilhos da janela. Levantou-se e arrastou-se pesadamente até junto da janela. Pegou numa toalha grossa que tinha na mão e colocou-a à volta do caixilho apodrecido.

Nesta história percebemos que há algo mais que ainda não foi revelado anteriormente. Nancy tem um segredo que nem ela mesma conhece bem. Quando ela pensava que tudo estava bem, o passado volta para a atormentar. É um romance com partes que são previsíveis conforme a história evolui e outras que não. Há diversos indícios mas nada de concreto que nos aponte para o culpado e o verdadeiro motivo do sucedido.
Este livro foi inicialmente publicado em 1975, numa época em que o abuso infantil era um assunto tabu e ninguém o comentava. Isto foi algo de inovador que a autora falou e que feriu algumas susceptibilidades. Mas, foi um abrir de olhos para muita gente que passava por essa situação e que não revelava o que passava. As pessoas agora estão mais atentas. O rapto de uma criança é muito traumatizante e no caso de Nancy ela já se encontrava fragilizada pela morte dos seus primeiros filhos, os quais todos pensavam que ela tinha morto. Esta personagem é frágil mas ao longo do livro começa a transformar e surpreender o leitor.


O final deixa os nossos corações aos saltos, os cardíacos têm de ter cuidado a ler este livro. Um excelente thriller que nos agarra cada vez mais a cada página que lemos.